- Julho 28, 2021 /
- Dicas para 2 Rodas /
- por ecpa /
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Nunca sabemos ao certo de onde surgem. Mas a verdade é que muitas vezes ouvimos ruídos na moto que nos deixam com a certeza de que há algum problema. Neste artigo identificamos cinco ruídos e possíveis soluções para os deixar de ouvir.
Ser proprietário de uma moto é uma sensação única. Recorda-se do dia em que a foi buscar ao concessionário? Era perfeita! Nova, limpa, e quando a ligou pela primeira vez o motor não fazia qualquer ruído. Tudo está bem quando a moto é nova.
Porém, com o passar dos quilómetros (e anos), é normal que a sua moto comece a fazer ruídos estranhos. Há várias razões para que isso aconteça, muitas vezes razões ligadas a uma manutenção menos cuidada da sua parte.
Outras vezes porque as motos usam muitos componentes mecânicos móveis, que se desgastam com o uso, e por isso acabam por fazer ruídos fora do comum e que indicam que se calhar está na hora de se proceder à sua substituição.
Abaixo vamos identificar cinco ruídos comuns e que deixam os motociclistas “loucos”. Deixamos também algumas indicações úteis de como poderá acabar com os ruídos na moto.
1 – O motor emite um som parecido com “tic tic tic tic” quando está frio, e o ruído não desaparece. Apenas acontece enquanto ganha temperatura
Seguramente que o motor da sua moto, para estar a fazer isto, já conta com bastantes quilómetros e provavelmente estará na altura de olhar para o livro de manutenção da sua moto e confirmar se chegou o momento de afinar as válvulas, trocar a correia ou a corrente de distribuição, ou ainda o tensor da distribuição.
Não convém “esticar” em demasia os prazos de manutenção definidos pelo fabricante da moto. Um excesso deste tipo pode resultar num prejuízo enorme e uma falha mecânica grave.
Realizar a manutenção destes componentes de acordo com o calendário definido no livro de manutenção da moto assegura que o motor estará a funcionar no seu máximo rendimento ao longo dos anos. Cada vez que ligar a sua moto, aguarde um pouco para que a temperatura suba. Isto permitirá que o sistema de lubrificação consiga fazer chegar o lubrificante a todos os componentes internos, evitando o desgaste prematuro.
Para ter uma ideia se o motor está numa temperatura aceitável para poder começar a conduzir a sua moto, verifique a indicação de temperatura do líquido de refrigeração ou do óleo.
Evite acelerar bruscamente caso o motor esteja frio.
2 – O amortecedor traseiro faz ruídos como as molas de uma cama antiga
Não vale a pena entrar em pânico! Mas convém rever os apoios de borracha do amortecedor e também confirmar que as partes móveis das bielas inferiores do amortecedor estão devidamente lubrificadas. Este é um sistema que se tem revelado bastante fiável, mas não convém abusar da sua robustez.
Para manter as suspensões da sua moto no melhor estado possível, primeiro tem de utilizar uma afinação que seja adequada ao seu peso e à utilização que vai dar à moto. Não se trata apenas de pensar exclusivamente no peso do condutor, mas também fazer as contas à sobrecarga para o amortecedor traseiro que supõe circular com passageiro.
Esta afinação pode ser feita facilmente através dos sistemas de afinação que se encontram na forquilha e no amortecedor, seguindo sempre as recomendações e indicações do fabricante da moto. Para aqueles motociclistas que não têm tanta experiência na afinação de suspensões, o melhor será recorrer aos serviços de um especialista na matéria.
Além disso, e de forma mais regular, convém verificar o estado dos retentores em cada bainha da forquilha dianteira. Se notar que as bainhas têm demasiado óleo na sua superfície, então tudo indica que terá ocorrido uma falha com o retentor e será necessário efetuar a sua substituição.
3 – Quando acelera a moto em andamento é gerado um ruído muito intenso e as rotações sobem de forma inexplicável sem que a velocidade da moto aumente de forma correspondente
A causa mais provável para este ruído anormal e comportamento será o cabo da embraiagem demasiado tenso / esticado. O cabo de embraiagem pode ser ajustado. Deverá ser ajustado para que fique com uma folga de cerca de meio centímetro antes de começar a atuar.
Outra razão para este ruído e comportamento pode ser o desgaste muito elevado dos discos de embraiagem. Neste caso a sua substituição deverá acontecer de forma imediata, uma operação que tem de ser realizada por um mecânico.
No sentido de maximizar a vida da embraiagem, há certas coisas que poderá fazer durante a condução da sua moto.
Utilize todo o curso da manete de embraiagem e use-a apenas nos momentos de arranque, de troca de caixa ou quando pretende colocar a caixa em neutro. O mais importante aqui é não submeter a embraiagem a esforços inúteis. Um exemplo disto é, quando paramos num semáforo, em vez de colocar a caixa em neutro, manter a primeira relação engrenada e apertar a manete de embraiagem enquanto esperamos que o semáforo fique verde para arrancar.
Quanto mais tempo esperamos no semáforo, maior a temperatura gerada, e maior será o desgaste dos discos de embraiagem.
4 – O sistema de escape está a fazer um som mais grave como uma moto de competição
Nesta situação vai ter de se ajoelhar. O objetivo será procurar ao longo do sistema de escape (coletores e ponteira) alguma fuga provocada por uma rutura da parede dos tubos dos coletores ou um tubo mal encaixado noutro. Caso o sistema apresente alguma fissura ou esteja mal encaixado, certamente a moto ficará com uma sonoridade próxima aquela que associamos a uma moto de competição, porém a performance da sua moto não será a ideal.
A boa notícia é que na maioria dos sistemas de escape estas ruturas ou fissuras podem ser facilmente reparadas com uma soldadura. Caso a fissura seja demasiado grande ou a corrosão muito extensa, deverá considerar a substituição do sistema de escape.
Para maximizar a vida útil do sistema de escape da sua moto, há algumas coisas que pode fazer. Se viver junto ao mar ou numa zona onde a humidade seja acentuada, deverá proteger a moto num local fechado ou protegido com uma capa que proteja da chuva. Sistemas de escape cromados estão sujeitos a maiores cuidados de manutenção, e cada vez que os limpamos deveremos usar produtos próprios para manter o brilho sem estragar o tratamento superficial do cromado.
5 – Sistema de travagem dianteiro faz muito barulho
Provavelmente deverá estar na altura de trocar pastilhas de travão e os discos, componentes que têm uma vida útil algo limitada. Se o ruído proveniente do travão dianteiro for demasiado exagerado então as pastilhas já estão totalmente desgastadas e os pistões metálicos da pinça estão a apertar diretamente no disco de travão.
Se as pastilhas ainda não chegaram a este ponto de desgaste exagerado, então pode ter-se dado o caso de estarem contaminadas com partículas metálicas do disco. Neste caso a sua substituição também deve ser realizada o mais rápido possível.
A manutenção de um disco de travão começa com uma inspeção visual frequente. Verifique se a superfície do disco apresenta zonas de desgaste acentuado ou anormal, verifique a espessura do próprio disco, e acima de tudo confirme que o disco não está empenado pois isso criará vibrações indesejadas e uma travagem muito menos eficaz.
E já que estamos a falar de manutenção do sistema de travagem, aproveite para verificar o estado dos tubos de travão. Estes tubos levam o hidráulico desde a bomba de travão – na manete ou no pedal – até à pinça de travão. A borracha, com o passar dos anos, e por estar sujeita às condições climatéricas como água ou sol, frio e calor, perde a sua estanquicidade e o próprio líquido de travões perde as suas características absorvendo humidade.
Convém trocar os tubos de travão ao fim de alguns anos e sempre que revelem estar danificados. Uma boa solução que deve ter em conta é adquirir tubos de travão de malha de aço, metálicos, que resistem melhor e garantem uma eficiência maior do sistema de travagem em condições de condução extremas ou mais exigentes.
Fonte: https://www.andardemoto.pt/moto-dicas/55322-ruidos-na-moto-porque-e-que-parece-que-alguma-coisa-esta-solta/
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ecpa