
- Outubro 27, 2023 /
- Dicas para 2 Rodas /
- por ecpa /
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Quem conduz moto não suporta, por norma, a ideia de viajar no lugar do passageiro. Muitas vezes esquecemos de quem vai atrás tem um papel determinante e que há uma série de dicas que podem melhorar o conforto do passageiro, condutor e melhorar o comportamento da moto quando se viaja a dois.
Para todos, nomeadamente para os passageiros, fica um conjunto de sugestões e dicas que podem ser úteis, mesmo sendo sobretudo princípios de bom senso.
Por último, para os nunca transportam passageiro, tirando as motos homologadas para apenas um passageiro, como sucede no off-road ou na competição, nem sabem o que perdem! Circular de moto a dois pode ser uma experiência muito enriquecedora e divertida, embora também possa ser frustrante e até assustadora. Depende de ambas as partes.
1 – Não tema ser pendura
Pode ser por não ter carta de condução, moto ou qualquer outro motivo, mas é um ato de confiança em quem conduz. Afinal de contas, estamos a depositar a nossa vida nas mãos de outra pessoa e temos de nos deixar conduzir por ela.
Se verificar que o condutor demonstra sinais de cansaço, nervosismo ou que não está nas plenas capacidades físicas ou psicológicas para conduzir, basta dizer não e não assumir o assento traseiro. Saber dizer, pode ser sinónimo de segurança.
2 – Simplificar a condução
O facto de não ir aos comandos da moto, de não usar a embraiagem, os travões ou acelerador não significa que não possa ajudar durante a condução, nomeadamente com o posicionamento do corpo.
Um exemplo clássico é a curvar. Seguir os movimentos do condutor, como se fossem um só, é melhorar a segurança de todo o conjunto. O mesmo vale para quando o condutor trava. Evitar o deslizar do corpo para a frente é útil para ambos, tal como uma maior aproximação ao condutor com vento forte.
3 – Estar atento
Conhecemos pessoas que, enquanto passageiros, conseguem dormir, manusear o telemóvel, comer e outras atividades, altamente desaconselháveis e que podem ser muito perigosas.
Um passageiro atento pode ajudar à concentração do condutor, a alertar para aspetos importantes da via, como a placa de saída que acabámos de passar, o tráfego intenso, o radar… ou mesmo um qualquer comportamento estranho da moto. A atenção nunca é demais.
4 – Ajudar o condutor
Andar de moto a dois é um processo de entrega e confiança mútua em que os dois devem participar de forma colaborativa, mas pode haver tarefas mais dedicadas a um ou ao outro.
Um bom exemplo é no pagamento das portagens, quando não existe ou se dispõe de sistema de cobrança automática. Essa responsabilidade é do passageiro e o mesmo vale para situações de abastecimento em que, por exemplo, um abastece e o outro trata do pagamento. Chama-se ajudar.
5 – Ser organizado
Quando se viaja a dois é natural que haja bagagem, preferencialmente bem organizada e segura, sendo que o que for mais prioritário é que deve estar mais acessível.
Compete ao passageiro, mesmo em andamento, ir inspecionando os diferentes itens, a forma como estão fixos e, em caso de necessidade, dar imediatamente o alerta ao condutor para uma eventual necessidade de paragem.
6 – Não se intrometa na condução
Uma coisa é ser participativo na viagem, mais ainda quando existem intercomunicadores. Outra completamente distinta é intrometer-se na condução, podendo até causar perigo para os dois.
Estar constantemente a dar palpites sobre a condução, recomendações ou sugestões é mau. Também não é melhor dar pancadas no condutor para ir mais devagar ou mais depressa ou apertá-lo. Pior que isso só dar “caroladas” no capacete ou gritar.
7 – Ter espírito de equipa
Andar em duo nem sempre é apenas andar para a frente, por estradas maravilhosas ou paisagens de cortar a respiração. É muito mais que isso.
Efetuar manobras com a moto parada, sobretudo se ela for pesada, acondicionar ou retirar bagagens é mais rápido, seguro e simples se for feito em forma colaborativa, evitando até esforços desnecessários. É trabalho de equipa em que todos ganham ou todos perdem.
8 – Agir com suavidade
Viajar de moto, em certa medida, é um exercício de suavidade. Agir dessa forma torna a condução mais divertida, prazerosa e até segura para todos. A brusquidão é de evitar até porque nos coloca em permanente tensão.
Evitar movimentos bruscos, nomeadamente ao subir ou descer da moto (avisar antes é boa política) é essencial e o mesmo vale para uma posição de condução mais relaxada, mas sem exageros, usando o corpo para facilitar na condução. Um exemplo disso é fazer alguma pressão nos pousa-pés para “colar” mais a moto ao solo, nomeadamente no meio do tráfego intenso.
9 – Não seja negligente
Vão ambos na moto. Em caso de queda, acidente ou qualquer outro imprevisto o risco que correm é similar. Assim, não se pode facilitar apenas porque é passageiro e não se tem a responsabilidade de conduzir.
Ambos devem usar equipamento completo, nada de facilitismos. Não tem que ser equipamento igual, mas capacete, luvas, fato completo e botas é essencial.
10 – Coloque-se no lugar do outro
Não há como negar. Ir a conduzir acaba por ser mais exigente do ponto de vista físico, mas também mais gratificante e enriquecedor, além de que a interação com o meio ao redor é magnífica.
É esta a derradeira bem-aventurança. Se possível, experimentem a trocar de lugar de vez em quando, nem que para isso o passageiro/a tenha de ir obter a Carta de Condução ou exorcizar fantasmas. Muitos casos começam assim e acabam por ter cada um a sua moto, o que é ótimo! Lembrem-se disso!
Vamos ficar por aqui. Condutor ou passageiro são uma equipa com um objetivo comum: chegar inteiros ao destino e, já agora, divertir-se e desfrutar durante o trajeto!
Fonte: https://revistamotos.pt/10-dicas-para-ser-o-melhor-pendura/3/
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ecpa