O vento afecta a condução de qualquer veículo que circule na estrada. Uma vez que as motos têm apenas duas rodas,pode-se dizer que é aos motociclistas a quem as rajadas fortes causam maior transtorno, pois alteram o equilíbrio e consequentemente as trajectórias.

Sujeitas a rajadas de vento, são as motos grandes e “mais fechadas”, (as cerenadas) que normalmente sofrem um maior impacto, e se mostram mais instáveis sob o efeito das rajadas de vento. No entanto, as pequenas scooters também são bastante afectadas pelas rajadas de vento mais fortes.

O vento lateral, ou cruzado, é aquele que pode causar mais problemas, já que tem tendência a contrariar a direcção e, consequentemente, a alterar o equilíbrio, originando alguns sustos e que podem até ter consequências mais graves.

O vento lateral torna-se ainda mais perigoso no momento de curvar, já que o equilíbrio é ainda mais vulnerável, e uma rajada pode levar a um descontrolo do veículo.

As zonas mais afectadas pelo vento são em geral as mais abertas, como as pontes e o viadutos das auto-estradas. Nas autoestradas deve-se ter especial atenção quando se sai de zonas protegidas lateralmente, por barreiras artificiais ou naturais, como colinas e túneis, e se entra em zonas “abertas” sem proteção lateral. 

Nestas situações deve-se ir preparado para o “impacto” e corrigir a trajectória conforme necessário. Deve-se também aumentar as distâncias entre os outros veículos, para evitar maiores sobressaltos no caso de, também eles, serem afectados pela mesma causa.

Na cidade o efeito do vento é mais reduzido, já que os edifícios funcionam como barreiras protectoras do vento.

Em dias de vento extremo recomenda-se os motociclistas menos experientes a não andar de moto, uma vez que há um aumento significativo e generalizado das situações de perigo. 

Além das rajadas de vento, as rodovias podem esconder verdadeiras armadilhas, sobretudo as estradas nacionais, ladeadas por árvores, e as artérias urbanas onde diversos objectos das mais variadas proveniências podem cruzar-se inesperadamente no nosso caminho.

Felizmente em Portugal estas situações extremas apenas ocorrem excepcionalmente. 

Nos outros casos de vento “não excepcionalmente forte”, há que ter em consideração todas as precauções, tais como conduzir com atenção redobrada, e estar atento aos sinais que apontem para ventos fortes, como árvores ou mangas de vento. 

Manter uma velocidade reduzida, mas constante, com uma mudança “curta” engrenada, e uma boa distância para outros veículos, são regras normalmente suficientes para garantir uma boa segurança em condições meteorológicas desfavoráveis. E o vento é uma delas!

Fonte: https://www.andardemoto.pt/moto-dica-longas/580-o-vento-e-o-motociclista/

  • ecpa

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