Comecemos pela cabeça, obviamente com capacete e, recomendamos, que seja integral, os únicos que na verdade protegem bem.

Antes mesmo de colocar o capacete, pode ser boa ideia usar tampões de ouvidos. Não e preciso pilotar uma MotoGP de escape livre para os utilizar, e em viagens grandes podem fazer uma grande diferença a nível de conforto, e permitir manter melhor a concentração, ao minimizar o esgotamento provocado pelo ruído da deslocação de ar, mesmo que se tenha um capacete de muitas centenas de euros e de última geração.

Experimente vários tampões até encontrar os que sejam mais cómodos (cada ouvido é diferente), mas os nossos favoritos são de espuma suave, ligeiramente cónicos e com a ponta arredondada. Ao princípio poderá estranhar a sensação da audição diminuída, mas rapidamente se acostumará, apreciando a grande vantagem em termos de conforto.

Voltemos a visão: não se trata apenas da questão de “ver bem”… 0 seu capacete deixa-lhe um bom campo de visão? Muitos capacetes limitam a visão na parte superior, e a postura de pilotagem na maioria das desportivas obriga a dobrar muito o pescoço para se conseguir ver ao longe. Ir assim, a forçar o corpo, é a receita perfeita para o cansaço e para se perder as referências, começar a fazer trajectórias mal e metermos-nos em apuros em curvas rápidas encadeadas.

Há um truque fácil para melhorar esta situação: colocar uma tira de borracha com ate 1 centímetro na parte interior do forro do capacete, onde a frente apoia, para que este fique ligeiramente levantado e não “caia”; sobretudo quando conduzimos uma desportiva, tapando o que deveríamos ver ao longe. Faça-o com “carinho’; tendo em conta de que se trata do seu capacete e da sua cabeça, e que os fabricantes advertem sempre que modificações no capacete podem prejudicar a sua capacidade de protecção. Ainda assim, acreditamos que esta melhoria na segurança activa (visão) merece a pena.

Temos a cabeça no sítio, continuemos com as mãos: e claro que, de moto, é preciso usar sempre luvas, ainda que seja apenas para ir até à esquina e não seja obrigatório por lei. As luvas evitam que sujemos as mãos, protegem e permitem exercer a força necessária durante a condução. Mas nem todas as luvas são iguais: umas demasiado grandes ou velhas, ou demasiado almofadadas, entorpecerão os movimentos dos dedos, e serão um travão para a sua rapidez de reacções, por exemplo, quando for  preciso passar do “gás a fundo” a uma travagem forte em fracções de segundo. Nesta situação, umas luvas bem ajustadas, elásticas e sem pregas, valem o seu peso em ouro (ainda que, em muitos casos, tenham também o preço do ouro… ).

  • ecpa

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