Uma das medidas mais importantes para quem utiliza uma moto é a utilização de equipamento adequado, que proteja das condições climatéricas e que ofereça ao mesmo tempo conforto e o máximo de segurança possível.
A necessidade de conduzir sempre equipado
Primeiro passo: a compra da moto. Segundo passo: o equipamento.
O corpo humano não possui proteção contra a velocidade que se atinge num veículo motorizado. Os ossos, pele e órgãos não foram concebidos para suportarem os eventuais impactos provocados por um acidente.
Numa queda, o efeito abrasivo provocado pelo contacto com o alcatrão é de tal modo destruidor que é suficiente imaginar o que pode acontecer a qualquer parte do corpo se for arrastada sem proteção.
E depois somam-se os fatores climatéricos: com frio, é impossível conduzir; e com calor, o efeito provocado pelo vento anula imediatamente o processo natural da regulação da temperatura do corpo provocado pela transpiração.
Felizmente, o homem e a tecnologia possuem aquilo que a evolução não ofereceu: o equipamento que protege dos elementos e dos imprevistos, proporcionando uma experiência de condução mais tranquila, confortável e segura.
- 1. CAPACETE. É o acessório mais importante. De preferência integral. A razão é simples: 45% dos acidentes acontecem nas áreas não abrangidas por capacetes abertos. Além disso, protege do vento, insetos e ruído. Deve ser rejeitado após uma queda e substituído depois de 5 anos de utilização.
- 2. CASACO. Em pele (melhor resistência abrasiva e menor ao vento) ou noutros materiais (mais adequados às diversas condições climatéricas), o casaco deve incluir sempre proteção nos ombros, costas e cotovelos. As mangas devem ser mais compridas, para evitarem o “subir” na posição de sentado e de braços esticados.
- 3. LUVAS. O elemento de segurança mais importante a seguir ao capacete – numa queda, é instintivo: as mãos vão logo ao chão. As luvas devem ultrapassar a manga do casaco, sem deixar os pulsos expostos. Especial atenção à zona da palma da mão, aquela que sofre maior impacto numa queda. Aqui, o material deve deixar escorregar ao contactar com o alcatrão.
- 4. CALÇAS. Ao deslizar no alcatrão, a ganga rasga em 0.4 segundos. Em pele ou material têxtil, devem incluir proteção “CE” nas ancas, joelhos e canelas. Experimente-as na moto ou simulando a posição de condução. Tal como no casaco, as pernas devem ficar mais compridas, para evitarem a exposição quando sentado na moto.
- 5. BOTAS. Devem oferecer, no mínimo, uma sola contra a torção, ser antiderrapantes e terem proteção para calcanhares, tornozelos e canelas. Devem fechar sempre acima das canelas, para que não saltem numa queda.