Um capacete “integral” é, por definição, mais seguro. Mas independentemente do tipo de capacete, queremos sublinhar, especialmente para os que estão a iniciar a fantástica experiência de andar de moto, a importância das viseiras e dos óculos.

Se utilizar um capacete aberto e sem viseira, nunca conduza sem óculos. Se o capacete, “aberto” ou “fechado”, tiver viseira, conduza sempre com a viseira para baixo.

Se pensar um pouco, é fácil perceber que há no ar variadíssimas partículas que podem colidir com os seus olhos e obrigar a fechá-los. Imagine então não uma pequena partícula de pó, mas um pequeno ramo de árvore levantado pelo vento, uma pequena pedra que salta da rode de um camião ou um insecto a voar em sentido contrário.

Mesmo a baixa velocidade, diz-nos a experiência, uma pancada de um insecto é, no mínimo, muito desconfortável, e se for nos olhos é ainda pior.

Por isso não é necessário perder muito tempo com considerações sobre a importância de usar viseira e/ou óculos, bastando alertar para o facto de cada um imaginar as várias situações em que a sua utilização pode ser da máxima importância para a segurança de todos.

É igualmente da máxima importância manter a viseira em boas condições de visibilidade e, para isso, aqui ficam alguns pontos a reter:

– Riscos que ao longo do tempo, inevitavelmente, vão aparecer, diminuem a visibilidade e aumentam os reflexos da luz. Adquirir uma viseira “anti-riscos” é sempre uma mais-valia, mas também estas acabam por adquirir riscos. Com mais cuidado no manuseamento do capacete e da viseira, uma “anti-riscos” pode durar mais, mas quando tiver riscos que coloquem em causa a sua segurança, não “pense” duas vezes… adquira uma nova viseira. O saco do capacete é o melhor aliado para manter a viseira (e o aspecto geral do capacete) em boas condições.

– Chuva: As viseiras não têm “limpa pára-brisas” como os carros. Isto todos nós sabemos, mas a alguns amigos que não têm experiência de andar de moto faz-lhes muita confusão como é que conseguimos andar de moto em dias de chuva (não só por este aspecto, mas isso é outra conversa). Acontece que se a viseira se mantiver em boas condições, a deslocação do ar (e não é necessário vento) encarrega-se de limpar a chuva da nossa viseira. Quando paramos é que é pior. Para melhorar ainda mais a visibilidade, há uns produtos repelentes de água para colocar na viseira, o que facilita muito a nossa vida ao nível da visibilidade em dias de chuva. Limpeza, ausência de riscos e o referido produto são fundamentais.

– Embaciamento: Este é outro obstáculo que temos de aprender a ultrapassar. Se é aconselhável usar viseira, também é verdade que em capacetes fechados, em dias de chuva ou até em outras circunstâncias atmosférica, temos frequentemente a viseira embaciada, o que dificulta obviamente a visibilidade. Há, no entanto, pequenos truques e grandes remédios. Por vezes, basta levantar uns “milímetros” a viseira para entrar ar sem entrar chuva de modo a resolver o problema, especialmente quando parados num semáforo no meio do trânsito. Mas também há outras soluções, tais como viseiras preparadas para aplicação películas (“pinlock”) que se colocam pelo lado de dentro. A construção do capacete também pode fazer toda a diferença e existem de facto capacetes capazes de ultrapassar muito melhor que outros esta questão do embaciamento, nomeadamente em andamento. Trata-se de uma eficaz ventilação, sendo normalmente mais eficaz nos capacetes mais dispendiosos.

Resumindo: utilizar sempre viseira ou óculos. Viseira bem limpa, em bom estado e de preferência resistente aos riscos e dotada de “pinlock”.

Depois é só andar de moto e disfrutar desse imenso prazer.

https://www.andardemoto.pt/moto-dica-longas/761-a-importancia-das-viseiras-e-oculos/

  • ecpa

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