Com o motociclista, e o que com ele está relacionado, já “no ponto’,’ é chegado o momento de passarmos em revisão a moto: existem várias deficiências mecânicas que podem ter uma grande influência no seu comportamento. Pequenos desajustes ou peças desgastadas podem fazer com que não consigamos manter uma trajectória limpa a alta velocidade, que não controlemos bem a travagem, ou que a mota tenha um comportamento estranho ou imprevisível.

Um exemplo típico de algo que poucos têm em consideração, procurando culpados noutras partes (como os pneus), são os rolamentos de direcção. A condução da mota, que antes era “a compasso’,’ converteu-se em incómoda, porque nunca segue bem a linha de trajectória que lhe destinamos, em linha recta ou em curvas rápidas, obrigando a constantes correcções. Muitas vezes, a origem deste problema são os rolamentos de direcção desgastados ou demasiado apertados.

Pelo que temos observado em testes de longa duração, é raro que uns rolamentos de direcção tenham uma vida útil de mais de 20.000 km, mesmo com um controlo rigoroso das suas condições. Pouco a pouco, os rolamentos deformam-se, e perde-se progressivamente suavidade na direcção, de forma que o condutor, ao usá-lo diariamente, mal se apercebe, ainda que se vá dando conta de que e mais difícil manter uma linha rodando rápido. É fácil verificar como está a direcção da mota, sobretudo se tiver descanso central: sobe-o e senta alguém no assento do passageiro, para levantar a parte dianteira. Com a direcção livre, pode girá-la suavemente de um lado para o outro, procurando pontos duros ou de mais fricção; uma solução provisória pode-se ser soltá-la ligeiramente, afrouxando a porca um oitavo de volta. Um amortecedor de direcção, no caso da mota o ter, também pode perturbar um funcionamento suave da direcção: lubrifique as articulações e coloque um pouco de óleo de silicone no seu eixo, para minimizar a fricção.

  • ecpa

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